terça-feira, 28 de outubro de 2008

Filosofia de alcova

Eu me pergunto se é aquilo mesmo que eu quero.
Espero tanto e tudo que consigo é impregnar meus lençóis de dúvida.
Um estranho na minha cama.
Pondo-me em posições estranhas.
Deixando seu rastro fétido na minha carne e nos meus pensamentos.
Impressiona o modo como me invade.
Muito mais que o desejo de me encostar ali e ficar preso por votade própria.
Um desejo de não mais vestir meus sorrisos.
Pergunto-me se isto é liberdade.

Conforto não combina com prazer.
Que ótimo! Tudo está dando certo agora que estou deitado sobre minha cama com alguém disposto a transar no silêncio de uma tarde de sábado.
E tudo é um movimento de corpos que fingem se desejar.
Sou frígido!
KKKKKKKKKKKK
Justo eu estou achando isso tudo um saco.
Talvez eu esteja evoluindo e não mais responda somente aos instintos.
Como já é de se esperar eu desprezo toda essa filosofia de alcova.

Vamos explorar a casa, tomar banho juntos, fazer um vídeo...
Depois a gente tem umas conversas mornas cheirando a sabonete e cabelos úmidos, rindo de alguma bobagem.
Tudo sem compromisso.

Depois ele vai embora e eu fico simplemente feliz.
E convido as amigas para uma festa no meu quarto.
E o prazer maior que o próprio sexo é vê-las chocadas com meu vídeo, embriagadas de nossa cumplicidade. E cientes de que não há limites para minha loucura.
Eu ainda me divirto.
Foi tão legal no chuveiro.

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