segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Incidentes

Chegamos e já era noite.
A preocupação com a bagagem e a estadia não nos permitiu observar mais que uma estrada de terra que parecia longa devido ao cansaço.
Um despencar de mochilas, bolsas, sacolas e suspiros de alívio encheu a casa.
A fome também nos encheu (ou nos esvaziou?).
Começava nossa animada noite na praia.
Banho de mar com a chave da casa amarrada ao fio da bermuda do Fernando.
Mais bebida.
Bebida + Mar = Perigo
Nenhum incidente.
Jogos para ver quem bebe mais.
Perigo!
Um carro se aproxima de nós.
Medo que a maldade, o escárnio e a insanidade nos vitime ali mesmo admirando nossas expressões de pânico e o nascer de um trauma.
Ligeiramente tonto volto à casa e me ponho a observar a silhueta de um homem fumando.
E não apenas via a fumaça que subia e sumia, mas a fumaça que entrava naquele ser.
Os seus pensamentos.
A certeza de que jamais decifraria suas preocupações me instigava.
E a chegada de vozes aos meus ouvidos que me despertaram não apenas para minha realidade, mas para o som do vento e de uma música ruim ao longe.
Dançar, rir, dar boa noite e dormir na varanda.
Despertar por volta das quatro horas com barulho de perseguição.
Um ladrão.
Alguém com más intenções. Alguém que nem sequer vimos ou sabemos se existe.
Não é seguro dormir na varanda.
Entramos todos.
Lá dentro éramos todos amigos.

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