domingo, 31 de maio de 2009

O retorno do clássico dos sábados.


Da janela eu observava as manobras dos skatistas enquanto esperava seu retorno.
Foi uma tarde calma do ponto de vista meteorológico.
Depois das chuvas da manhã uma calmaria. Um sol por entre nuvens.
Um clima que me fazia sorrir e desejar chorar.
Um clima para se compartilhar na beira do rio.

Eu olhava a fila de carros que se formava e fazia escolhas mentais, imaginárias.
Até que chegou aquele fusca e eu levei as mãos aos olhos para não ter que ver.
Ver o que?
Ver Francisco.

Foi um sábado sem a luz ofuscante (e opressora) deste domingo.
Foi um fusca, simplesmete um fusca e não o carro do Francisco.
Na minha janela abanei a cabeça vendo sair dali um casal mais que apaixonado.
Coisa que Francisco e eu nunca fomos.

E pensei tanto nele que anoiteceu e perdi a hora.
Corri para me compor de jeans e regata.
O outro já me esperava com seu cigarro e alguma bebida na veia e na garrafa.
E eu com meu raro largo sorriso cheguei até ele com as chaves.

Um comentário:

felipe ! disse...

coisas que nunca seremos, ou nunca queremos ser.

tipo o outro.