Ela achou que tudo estava acabado, mas menstruou inesperadamente.
Ela não perdeu filho algum, tampouco sentiu alívio: era a menopausa que não vinha.
Era o maior problema daquela casa.
O filho era o segundo maior.
O problema hormonal daquela casa, o problema financeiro, o problema do gás, do telefone...
Era o asilo aquela casa. O asilo de muitos sonhos velhinhos.
Era o hospício aquela casa. O hospício do filho nervoso, do filho doente, do filho ansioso, ocioso, frio e teimoso.
Haviam gritos naquela casa. Humanos atrapalhavam a paz de fantasmas.
Havia doença naquela casa. Paredes doentes de sangue infiltrado. Infiltrando como um aborto inacabado e o filho que nasceu anômalo: EU.
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2 comentários:
Sei de tudo e vejo tudo isso!
aaaaaai me arrebateu uma tristeza infinda agora...
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