segunda-feira, 21 de julho de 2008

Voltando ao normal

Passaram dias sem que eu precisasse mergulhar na melancolia para me encontrar.
Desguanecido.
Desejando a qualquer custo a violência.
E no entanto apático.
Mas para quê (para quem?) me explico se sou tão avesso a esse tipo de coisa?
É duro admirar a própria contradição.
Mas o faço de queixo erguido.
E com minha sonora expressão de desprezo: rhum!
E isso é voltar ao normal, meus queridos.
É estar em mim.
Os detestáveis e tão produtivos momentos de tédio retornaram.
E eu não me enrosco mais sob os lençóis desejando dormir, fazer amor, dormir, fazer amor...
Tá bom, tá bom, ainda faço isso.
Mas não pensando na mesma pessoa.
(O que estou falando?)
Eu tive vergonha, medo, e agora vejo que por tão pouco.
Cada vez mais me convenço de que nada está fora do lugar e que eu não preciso dar ouvidos aos anseios românticos do inconsciente coletivo.
Burlar tudo isso é divertido e bem difícil.
Estou orgulhoso de mim.

P.S.: Para esquecê-lo por completo só mesmo se eu perdesse o olfato e a libido.

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