quinta-feira, 3 de julho de 2008

Vejam só!

Saímos ontem.
Eu estava abandonado e amargo.
Mas tudo de ruim foi se dissipando com as histórias animadoras dos casais que me cercavam.
E, claro, com a cerveja.
Eu era o solteiro da mesa junto a um casal hétero e um casal gay.
Um antro de discussão sexual.
Um deleite para minha vã filosofia de botequim.
Amigos seminovos.
Que com a intimidade que a bebida proporciona invadiram minha redoma já bem desprotegida.
E resgataram de lá um Ely solitário.
"Vamos lhe dar um namorado!"
Tudo que eu não preciso.
Mas não fizeram por mal.
É que muita gente quer ver a felicidade do amor acontecendo.
Eu mesmo me sentia feliz com o amor que aqueles casais se dedicavam.
E sentia (sinto) inesgotável disposição para cuidar que isso dure.
Mas para que desejar o amor?
Estou cansado de dizer que evito que isto aconteça.
Está começando a ficar repetitivo.
Mas todos insistem no amor.
(Precisam ver minha cara de deboche).
Por que tenho que me apaixonar?
O melhor da vida se faz com os amigos.
Até o que se faz na cama é melhor se temos amigos para contar.
Eu estou bem sozinho.
Com minhas relações sem futuro e sem compromisso.
E ontem fiquei sabendo que não sou o único.
Ninguém naquela mesa, mas um amigo dos amigos pensa como eu.
E foi impressionante o susto de todos com a semelhança.
Quando menos se espera...
Imagina só a conversa que vamos ter.
Em breve...

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