terça-feira, 22 de junho de 2010

Na próxima

O som sai límpido e a melodia é sua favorita, mas não, não combina com a chuva e não é mais bela que pingos no telhado.

Romantismo? Sim. Temo mais que tudo.
E agora recordações chegam acompanhadas de outros sentidos ainda mais inebriantes que vinho e cheiro de pescoço. Questiono se isso é mais forte que aquele corpo contra o meu. Eu sobre a cama sozinho sou capaz de com minha febre e inquietação não me mover por horas e padecer daquilo que nem sei.
Levantar num momento de otimismo sem que entenda o motivo de tão raro sentimento em meio ao lúgubre e eterno pessimismo que rege minha covardia em nunca, nunca me declarar.
E perder por antecipação tudo que foi construído (com a bênção da imaginação).

Até que... reticências... o motivo de tudo isso caminha na minha direção e devora tudo que foi planejado. Sobrando a parte patética que deveria vir depois. Estão ali pra me atormentar o frio e o tremor enquanto a pele e a voz dele são o calor que falta e que busco.
Mais que necessário, mais que simplesmente abraço, beijo e calor. Ou apenas matéria se chocando? Ou meu corpo sobre a cama vivendo a noite que não vivi.

Um comentário:

Rart og Grotesk disse...

Vc escreve bem!!Parabens!!!
Achei seu blog no orkut.
Se quiser acesse o meu http;//artegrotesca.blogspot.com
ate mais!