Eles vem à minha porta com seus skates e suas bolas de futebol mais que surradas.
Seus bonés e seus peitos lisos.
Eu saio fingindo indiferença com meu peito peludo e minha lata de cerveja.
Se meus olhos fossem claros seria possível ver minha pupila dilatando de inveja e prazer.
E a cerveja passa mais lenta pelo nó da minha garganta.
Nunca fui um desses garotos e no entanto me vejo neles.
Eu vejo alguma libertinagem sonsa.
Mas só em alguns.
Nos meus favoritos.
Por que invejar é também amar, admirar e odiar?
E neste caso é também desejar.
Ser um band-aid no joelho do Beto.
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